Superação na corrida: de zero a 25 km em nove meses

Corri a tão sonhada Uphill! Depois de todos os desafios que encarei para subir a Serra do Rio do Rastro e, de volta à Belo Horizonte, fui ao escritório da Aqui é Roots para conversar com o Paulo Santos, um dos meus treinadores e diretor da empresa na capital mineira. Avaliamos tudo o que aconteceu nos nove meses de treinamento, desde a preparação para os treinos ao grand finale. Pouca gente sabe, mas quando conversei pela primeira vez com a Aqui é Roots, no início do projeto Desafio Secreto, nosso objetivo era ir de zero a 25 km nesses poucos meses de treino. Fomos um pouquinho a mais que isso! Afinal, meu treino mais longo atingiu 26,7 km.

Se me perguntassem, lá no início, eu não diria que seria capaz de atingir essa quilometragem. Imaginava chegar até uns 23 km nos treinos e só na Serra eu faria os 25 km. Esses meses na Aqui é Roots foram muito mais do que tudo o que eu era capaz de idealizar!

A verdade é que meus últimos anos de corrida foram muito ruins. Em 2014, só corri até abril e parei totalmente com tudo, até com a musculação. Em 2015, tratei de colocar uma meia maratona no calendário e, além de não conseguir me preparar adequadamente, não consegui completar. Fui convidada para outras duas provas com a mesma distância e uma eu concluí alternando trote e caminhada e fechando com pouco mais de 3h30 (!); a outra, consegui trocar no último minuto para uma prova de 10 km. Eu não tinha treinador e nem ânimo para treinar. Não conseguia me preparar adequadamente para as provas e não estava dando certo. Parei de correr, foi isso! Apesar de não querer, acabei desistindo da corrida.

Na minha primeira conversa na Aqui é Roots, falei sobre a frustração de não estar correndo e o medo que eu sentia ao pronunciar o nome do meu maior desafio: Uphill. Era um longo caminho pela frente! Era preciso voltar a correr, emagrecer, fortalecer o corpo e a mente. Eu queria muito, mas precisava de alguém que estivesse disposto a sonhar junto comigo, precisava de pessoas que sonhassem junto comigo e que acreditassem de verdade. Não me imaginava em outra assessoria, mas eu só viria para a Aqui é Roots se eles realmente se envolvessem e foi isso que aconteceu.

No dia 1º de dezembro de 2015 fiz o meu primeiro treino com a assessoria que me daria muito mais do que eu poderia imaginar. Ali, o meu sonho começou a tomar forma. No princípio, tivemos dificuldades e eu não conseguia cumprir as planilhas. Eu estava muito pior do que eles haviam imaginado e os treinos tiveram que ser readaptados. No início, eu conversava muito com os treinadores e confesso que me sentia muito mal ao constatar quão destreinada eu estava. Correr era muito difícil, era pesado. Tudo parecia muito mais difícil do que eu imaginara. Mas fechei aquele mês me sentindo mais viva.

Os meses foram passando, meu condicionamento melhorando, as amizades surgindo e aquela felicidade que a corrida sempre me trouxe passou a transbordar. Eu me sentia ativa novamente! Desafiada, animada, feliz! Passei por alguns problemas, como a baixa de ferritina, a bursite trocantérica e uma condromalácia patelar no finalzinho da preparação que prejudicaram muito os meus treinos e foram motivos de grandes preocupações não só minhas, mas de toda a equipe que me acompanhou ao longo dos meses. Não foi aquele caminho reto, simples e lindo. Foi árduo, difícil, cheio de dúvidas e lamentações. Mas foi como deveria ser.

Alguns meses antes da prova resolvi fazer contato com o Saulo Arruda, um atleta que eu admiro muito e também treina com a Aqui é Roots. Entrei em contato com ele via Facebook porque tinha muitas dúvidas sobre a logística da prova e as opções de voos, hospedagem e tal. Ele acabou me ligando para passar essas dicas e foi uma longa conversa. A experiência dele era com a maratona e tudo relacionado a essa prova ocorre em Treviso. Já a half marathon, tinha sua base em Lauro Muller. Por isso, não consegui aproveitar as dicas de hotel. A grande contribuição do Saulo foi para a minha preparação para prova. As dicas de lugares para treinar e o incentivo que ele me deu foram guardados com muito carinho. Quando eu falei do medo que eu sentia, ele falou que sentir medo é normal por causa do tamanho do desafio e falou também que eu estava na melhor equipe que eu poderia estar. Ele falou muito do quanto aAqui é Roots era séria e comprometida com os nossos objetivos, do quanto ele foi confiante para a Uphill e de como ele se lembrou de todos os treinos enquanto subia a Serra.

Lá na Serra, enquanto eu subia me lembrei de vários treinos. Lembrei-me daquele treino de tiros que eu fiz sozinha na Avenida Barbacena e do quanto eu praguejava enquanto subia e depois agachava nos intervalos; do treino de tração que eu fiz sozinha enquanto meus companheiros se divertiam; daquele treino longo de 2h30 que eu fiz às 15h sob um calor senegalês e só completei 2h09; lembrei-me do meu teste dos 3 km e do quão lenta eu havia sido; lembrei-me do treino de três horas na subida que mesmo tendo sido assaltada eu continuei. Foram muitos treinos difíceis, pesados, nos quais eu reclamei, praguejei e até chorei, mas cumpri tudo o que eu consegui cumprir e sei que o que não foi cumprido fez falta! Mas a minha maior certeza é de que eu estava bem preparada! Eu fui do zero aos 26,7km em 9 meses de treinamento com a Aqui é Roots e isso, ninguém tira de mim!

Ao longo de todo esse período, conheci pessoas muito especiais, fui muito apoiada e incentivada e pude compreender que apesar de sermos RUN, somos muito FUN e, no final, tudo o que importa é o quanto você se divertiu, o quanto você aprendeu, o quanto você viveu e o quanto sorriu. Eu sorri muito! Muito mais do que imaginaria! E é por isso que novos desafios virão. E lá vamos nós correndo, sorrindo, celebrando e agradecendo. Obrigada, Aqui é Roots! Vocês foram e são sensacionais!

 

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