9 mitos que você precisa esquecer quando quer emagrecer correndo

Você já deve ter ouvido histórias de gente que, apesar de ter um bom volume de treino, não consegue se livrar daqueles “quilinhos a mais”.

Em muitos desses casos, o problema não está nas pernas e sim na boca de quem quer emagrecer correndo.

Apesar da combinação entre corrida e dieta adequada funcionar – e muito, é preciso também se livrar de mitos da alimentação que, ao invés de ajudar, apenas atrapalham a perda de peso.

Convidamos os nutricionistas esportivos Guilherme Damatta, Raphaella Cordeiro e Gabriela Prados, parceiros da Aqui é Roots BH, para listarem crenças que prejudicam a luta contra a balança.

Chega de regras sem fundamento!

1. Mito: para emagrecer basta gastar mais calorias do que se consome

Por Gabriela Prados

Calorias Designers Pics

É melhor não se preocupar com o valor calórico dos alimentos ou do plano alimentar proposto, e sim com a qualidade nutricional dos mesmos. Podemos ganhar, eliminar ou manter peso comendo as mesmas 500 Kcal… O resultado final vai depender de onde elas vêm.

Cada alimento é responsável por influenciar nosso metabolismo de alguma forma, podendo ser positiva ou não. Alimentos com alto índice glicêmico, ricos em gorduras saturadas e trans, sódio, conservantes e corantes desencadeiam processos inflamatórios no metabolismo, o que culmina em ganho de peso, fadiga, dificuldade de ganho de massa muscular, baixo rendimento…

Já os alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes, gorduras do bem (mono e poliinsaturadas), baixo índice glicêmico e com baixo teor de sódio, conservantes e corantes artificiais agem como antinflamatórios, o que deixa nosso metabolismo muito mais acelerado e capaz de trabalhar de forma vigorosa.

Conte nutrientes e não calorias!

2. Mito: jantar engorda

Por Raphaella Cordeiro

Kaboompics Jantar

Depende! À noite temos sim uma necessidade de calorias e nutrientes. Desde que esta refeição esteja equilibrada com as necessidades de cada um, o jantar não representa risco. Tenha moderação e qualidade nesta refeição. Capriche na salada, opte pelos carboidratos integrais e pela carne branca para equilibrar melhor a refeição.

3. Mito: alimentos integrais podem ser consumidos livremente

Por Raphaella Cordeiro

integrais Pexels

Os alimentos integrais, como pães, arroz e biscoitos, são menos refinados, o que mantém os nutrientes da matéria-prima mais preservados. Dessa forma, eles são mais nutritivos e promovem uma maior sensação de saciedade. É importante lembrar que isso não quer dizer que eles não tenham calorias. Elas precisam ser levadas em conta, porque podem prejudicar o emagrecimento de quem está buscando esse objetivo. Vale lembrar: moderação sempre.

 

4. Mito: alimentos sem glúten emagrecem

Por Gabriela Prados

Kaboompics Gluten

O glúten é uma proteína presente no trigo, no centeio, na cevada e na aveia (em menor quantidade). É ele que confere aquela consistência fofa aos produtos industrializados, sendo usado especialmente em pães, bolos e massas.

Alimentos tão diferentes como cerveja, requeijão e sorvete também podem conter glúten. Com base nisso, é possível pensar que, sim, ao suprimi-lo da dieta – e, por tabela, excluir itens calóricos, como a macarronada do domingo e o pão francês do café da manhã – você emagrece naturalmente. Mas a questão não é simples assim, já que, em termos de troca calórica, o pão sem glúten, à base de fécula de batata ou polvilho, praticamente empata com o tradicional.

Outro cuidado importante é que se a pessoa não tiver intolerância e suprimir o glúten para perder peso, pode sentir mais fome e comer em excesso, principalmente porque a maioria dos alimentos sem glúten disponíveis tem alto índice glicêmico, o que confere pouca saciedade e maior facilidade em estocar as indesejadas gordurinhas na região abdominal.

Por isso é importante dar preferência à versão integral e, para que a perda de peso aconteça, deve ser combinado com fontes de proteína magra (peixe, frango, ovo) e de gordura boa (azeite extravirgem, castanhas, sementes de chia e linhaça) em proporções adequadas.

 

5. Mito: trocar o pão (branco ou integral) pela tapioca faz emagrecer

Por Guilherme Damatta

tapioca da terra

Muito provavelmente não. A tapioca nada mais é do que um carboidrato refinado, assim como os pães de modo geral. A troca não surtirá efeito no emagrecimento, mas no ajuste global da dieta. A questão da eliminação do glúten, optando pela tapioca no lugar do pão, beneficia num primeiro momento mais os sensíveis a esta substância. A necessidade da eliminação ou não do glúten deve ser analisada individualmente por um profissional.

6. Mito: chá verde emagrece

Por Guilherme Damatta

Kaboompics Chá

Se aliado à atividade física e a hábitos alimentares saudáveis provavelmente sim. Não pelo chá verde em si, mas pela melhora do cardápio diário e inclusão de exercícios físicos.

O chá verde tem propriedades muito interessantes devido às catequinas, que ajudam no antienvelhecimento (antioxidantes), mas que não reduzem gorduras. O efeito termogênico característico do chá verde não é suficiente para diminuir o peso corporal.

 

7. Mito: posso usar adoçante à vontade

Por Guilherme Damatta

adoçante

Quem tem o intuito de emagrecer e/ou melhorar a saúde de forma geral deve evitar ao máximo este tipo de substância. O excesso do uso dos adoçantes artificiais não calóricos tradicionais tem sido relacionado com a intolerância à glicose, ou seja, níveis aumentados de glicose no sangue. Vale o bom senso.

8. Mito: chocolate diet é mais indicado do que o tradicional

Por Raphaella Cordeiro

Kaboompics Chocolate

Se você não é diabético e nem precisa de restrições ao açúcar, esqueça as versões diet. Para compensar a falta de açúcar na composição e dar mais consistência, os chocolates diet são, em geral, ricos em gordura e muito calóricos, o que é péssimo para quem quer perder peso. Prefira o chocolate tradicional. A versão meio amargo é uma ótima opção.

9. Mito: açaí engorda

Por Gabriela Prados

emagrecer correndo

O consumo de açaí em proporções adequadas e sem xarope de guaraná traz apenas benefícios à saúde e contribui inclusive para eliminação, controle e manutenção de peso saudável.

Apesar do alto teor de gordura, trata-se em grande parte de gorduras monoinsaturadas (60%) e poliinsaturadas (13%), que auxiliam na redução do colesterol ruim, contribuindo na prevenção de doenças cardiovasculares e prevenindo até mesmo a obesidade, problemas de memória e fraqueza física.

Já a antocianina, pigmento que tinge os dentes com a cor arroxeada, possui grande capacidade de combate aos radicais livres, moléculas que destroem as células sadias do nosso corpo causando envelhecimento precoce, dificuldade de ganho de massa muscular, aparecimento de doenças crônico-degenerativas, entre outros.

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