No quarto dia de missão do projeto Conhecendo BH Correndo, encarei um percurso um pouco diferente. Seguindo a onda das provas de aventura e montanha, que têm atraído cada vez mais a atenção dos corredores, fui correr bem pertinho da natureza.
Comecei o domingão no parque ecológico Fazenda Lagoa do Nado, na região norte da cidade. Tudo ficou mais divertido porque, dessa vez, consegui levar a minha esposa a tiracolo. Também tive uma grata e motivadora companhia: o diretor da Aqui é Roots em BH, Paulo Santos, que veio acompanhado de parte da sua equipe (a Camila, da Comunicação, e o Paulo César, treinador).
O ponto de partida foi a praça central do parque, próximo à biblioteca e escorregadores. Lá mesmo iniciamos o aquecimento, que durou cerca de cinco minutos. Fomos alertados pelo Paulo que o dia não estava muito bom para peixe: a umidade relativa do ar estava próxima de 35%, pouco favorável para a prática de atividade física. Fazia de fato um calor quase insuportável, mas não me liguei muito nisso. Estava ali para correr e cumpriria a missão de qualquer jeito.
Partimos em direção à lagoa e entramos na trilha que cerca toda a extensão do parque. Paulo Santos e Paulo César aceleraram na frente. Eu fiquei mais próximo das meninas e, quando me dispus a acelerar, acabei me perdendo… Sério! Um pouco atrás deles e um pouco à frente delas, acabei pegando o lado errado de um trecho da trilha e só percebi quando estava chegando ao local de partida novamente.
Mereço até um troféu, não mereço? Consegui me perder em uma trilha de 3,8 km. Ri de mim mesmo, voltei parte da trilha e fiz aquela corrida de recuperação. Acelerei e não via ninguém. Cheguei novamente à linha de chegada e nada… Ninguém… Eis que um distinto senhor me indica: “Foram por ali!”. Volto à trilha e finalmente encontro os Paulos. Eles me orientam e percebo que havia completado apenas metade do percurso.
Prossegui correndo e tive mais algum tempo para contemplar a paisagem. Percebo o quão perto estão o asfalto e a floresta, a natureza e o concreto. Eu, que gosto tanto do asfalto, me encantei com a terra batida, a imperfeição do solo, pedras, árvores, folhas e o canto dos pássaros. Ar puro e cheirinho de mato: acho que já estava me esquecendo como era…
Qualquer hora até faço uma prova dessas de trailrun. Acho que me apaixonei!