Acordar cedo, refletir na cama, não desistir e levantar… Bora correr!
Parece loucura, mas não é. Afinal, me dispus a conhecer BH correndo e não será qualquer domingo frio que vai me prender na cama. Não mesmo!
Cheguei ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro da capital mineira, antes do horário combinado e a tempo de ainda ver os marrecos soltos pelo parque.
Como a maioria dos mineiros, eu já conhecia o parque, mas iria correr nele pela primeira vez. O ponto de partida foi o coreto, onde duas distintas senhoras me questionaram se eu estava ali para correr. Depois de afirmar que sim, até pensei que teria companhia para o trote. Qual nada: elas queriam era sentar onde eu estava…
O gostoso da corrida em parques é o ar puro, o cheirinho de mato e a sensação de proximidade com a natureza. Alguns sorrisos aos caminhantes e prossegui pelas ruas largas do parque, hora asfalto, hora calçamento. A maior parte do trecho contou com ciclovia, mas não vi nenhum ciclista. Por lá, veículos só da Guarda Municipal, que utiliza motos para o monitoramento, garantindo mais segurança aos visitantes.
Passo pelo Teatro Francisco Nunes, quadra de tênis e de futsal e me deparo com o busto em bronze de Américo Renné Giannetti, feito pelo escultor João Scuotto. Mais à frente, encontro o segundo ponto de hidratação do parque (são três no total) e um banheiro (o parque conta com dois banheiros públicos, próximos às entradas principais).
Volto a correr, pego uma trilha, no cantinho do parque. Após uma leve subida, mais trilha, onde uma turma de bichanos parecem conversar. Percebo que até então nunca tinha passado nesta parte do parque, chego à Praça dos Fundadores, faço uma pausa para fotos e dou bom dia aos que haviam acabado de acordar.
Ao admirar a paisagem percebo a dimensão da cidade e o quanto o urbano e a natureza caminham juntos. Já são quase 9h e o parque começa a encher. Alguns pássaros ciscam e comem tranquilos pelo chão. Passo pelo lago, vejo os barquinhos e relembro um pouco da minha infância.
Ganho forças e resolvo dar mais uma volta no parque, que conta com 1,8 km de extensão. Acelero, mas com cuidado para não fugir da planilha. Completo 5 km, porque fiz todas as rotas possíveis do parque. Desaqueço, me alongo, tiro fotos e me despeço do parque com a certeza de que lá voltarei! São talvez meus 5 km mais lentos, mas também dos mais felizes.
Eu?! Tô conhecendo BH correndo… E você?! Bora correr?