Desafio Secreto: chega de segredos!

Em 2013, o nosso “mundo runner” deu uma agitada em torno de uma prova. Uma prova inédita, só para convidados, um desafio memorável. Opiniões ficaram divididas, as expectativas estavam nas alturas e muita gente duvidou que aquilo fosse possível. Mas, mesmo sem entender direito tudo aquilo que estava acontecendo, os formadores de opinião e corredores foram lá e completaram aquele grande desafio.

A prova em questão era a Mizuno Uphill. O desafio era encarar as 256 curvas da Serra do Rio do Rastro e cruzar a linha de chegada localizada a 1.418 metros do nível do mar, enfrentando uma inclinação média de 7%, que chega a atingir 35% em alguns trechos. Uma prova desafiadora, para pessoas dispostas a testar limites. No ano seguinte, a prova já não era mais só para convidados. Em 2016, em sua 4ª edição, teremos uma nova distância: 25 km e esse é o Desafio Secreto!

Eu vou correr os 25 km da Mizuno Half Uphill!

Mas por que essa prova?

Não sei. O que eu sei é que desde a primeira edição, tive um envolvimento emocional muito grande com a prova. Acompanhei a preparação, a prova em si e me emocionei muito com o depoimento dos participantes. Ali, comecei a sonhar com o desafio. Mas correr uma maratona não fazia parte dos planos e logo uma maratona de subidas.

Sempre tive dificuldades com descidas. Talvez, por causa dos meus joelhos. Simplesmente não gosto. Nunca gostei. Mas amo subidas. Sempre as considerei desafiadoras e gostava de inseri-las nos meus treinos. Gosto mesmo. Mas subir uma serra como essa, realmente não passava pela minha cabeça.

Quando vi que teria uma nova distância na prova, percebi que poderia ser possível encarar a famosa Serra do Rio do Rastro e precisava de um bom motivo para voltar a correr com regularidade, para retomar os meus sonhos.

Por que a Aqui é Roots?

Porque eu realmente acredito que correr tem que ser divertido. Porque eu acredito nos profissionais da equipe e porque eu não me imaginava em outra assessoria.

Na minha primeira conversa com o Paulo Santos, soube que um dia ele seria meu treinador. Nós vemos a corrida de forma semelhante e eu queria pessoas assim ao meu lado! Outro dia, eu reclamava com ele sobre os medos que eu tinha e ele me surpreendeu falando do quanto eu melhorei nos últimos meses, no quanto ele acredita nesse projeto e que eles nunca me deixariam desistir. Que se fosse preciso iriam comigo até a prova e seguiriam ao meu lado para eu cumprir o objetivo.

O que mais eu poderia desejar? Me sinto acolhida, em família mesmo. Confio nos treinadores, fiz amigos muito especiais e sei que realmente é esse o espírito da Aqui é Roots.

O que aconteceu até agora?

Comecei o meu treinamento em novembro, logo após voltar de férias. Foi terrível o meu início porque tinha seis meses que eu estava completamente sedentária. Não corria direito há cerca de dois anos, havia sofrido várias lesões e estava 14 kg acima do meu peso. No início, meu foco era todo na dieta e eu tive muitas dificuldades para me adaptar à rotina de treinos. Parecia impossível…

Quando já havia emagrecido 9 kg e corria bem melhor, fui diagnosticada com bursite trocantérica. E lá fui eu tomar injeções de corticóide e fazer muita fisioterapia. Fiquei algumas semanas sem correr e, quando voltei a treinar, parecia que havia voltado à estaca zero. Descobri também que estou com deficiência de ferritina e isso prejudica muito os meus treinos porque me deixa muito cansada, com baixa energia mesmo! Tive muitas dores no joelho direito também e vontade de desistir.

Fiz longos solitários e desafiadores, corri algumas provas com os amigos, engordei (ou inchei) 6 kg e completei uma meia maratona. Tive altos e baixos. Pensei em desistir e ainda penso um milhão de vezes ao dia, mas sei que essa não é uma opção e, apesar de tudo, acredito que sou capaz!

Como estão os treinos?

Os treinos estão pesados e me desafiam a cada dia mais. Comecei correndo três vezes por semana e vamos aumentar mais um dia, passando para quatro treinos de corrida semanais. Quando descobri a bursite, passei a fazer pilates duas vezes e fisioterapia uma vez por semana, aliados aos treinos de musculação.

É uma rotina agitada, ocupadíssima, sem tempo livre para distrações. Dedicar o ano de 2016 à corrida foi uma decisão que eu tomei logo que fui sorteada para a prova e tenho feito sem nenhum pesar. Para quem ficava só sofrendo de vontade de correr, ter uma rotina dessas é a glória. Me faz muito feliz!

O que vai acontecer ainda?

Tenho muitos treinos longos desafiadores pela frente, uma viagem para terminar de organizar, uns bons quilos para eliminar e um grande sonho a realizar. Tenho certeza de que se fosse fácil, não seria Desafio. Acredito verdadeiramente que ainda tenho muito a aprender e a fazer.

Essa é a reta final e o foco deve ser total. Como percebi que o pilates não estava entregando o resultado que eu precisava, saí da aula e resolvi focar na musculação porque eu gosto e sei que os resultados são mais palpáveis. Por causa dos corticóides (e a esculhambação na dieta) ganhei muito peso e preciso ter mais disciplina para me alimentar de maneira saudável e diminuir o peso que vou carregar Serra acima. Voltei a meditar para ajudar na minha concentração e na serenidade que preciso para seguir em frente.

É isso! Vou participar da Half Uphill, vencer a Serra do Rio do Rastro e virar Ninja Runner! Obrigada, Aqui é Roots! Obrigada por acreditar nos meus sonhos e por tornar tudo isso possível!

[CBHC] #D9 Correr na Avenida Vilarinho

Se o projeto Conhecendo BH Correndo fosse um filme, Belo Horizonte seria o artista principal, eu, o ator coadjuvante, e seria recheado de participações especiais:

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