Junho acabou… Um mês com altos e baixos, como a vida. Mas também um mês no qual tive certeza de que estarei pronta para a prova com a qual tenho sonhado tanto. Agora, nada mais me segura. Sei que aconteceram e ainda estão acontecendo muitas coisas, mas que tudo isso faz parte e que tudo será muito pequeno perto da minha felicidade ao cruzar aquela linha de chegada. Acabou aquele chororô todo. Ficou para trás! Agora, é seguir as planilhas que estão cada dia mais pesadas e acreditar que vai dar certo. Entrei na reta final e quero aproveitar todos os momentos.
Em junho, teve meia maratona! Também tivemos aqueles treinos super divertidos e acolhedores, tivemos muito frio e essa parte não foi fácil. Teve prova de 10 km e uma felicidade tremenda ao cruzar a linha de chegada. Enfim, foi um mês corrido e emocionante. A cada dia, me sinto mais feliz por fazer parte da família Aqui é Roots! Além de ter os melhores treinadores e muito incentivo para melhorar a cada dia, tenho os melhores companheiros de corrida e isso faz muita diferença. Nos dias em que não tenho vontade de treinar (todo mundo passa por isso), acabo indo para reencontrar meus companheiros de equipe e o blá blá run é sempre tão bom, que mesmo com os treinos suspensos (vou contar pra vocês abaixo), dou um jeito de passar na Assembleia para rever os companheiros.
Na primeira semana de junho, fiz meu exame para avaliar a ferritina e foi uma grande decepção. Os níveis estavam muito baixos e resolvemos tentar uma última opção de tratamento. Fiquei muito desesperada, chateada, rolou chororô no snapchat e tudo mais. Mas eu não posso desistir da minha vida, né?! Comecei o tratamento com muita fé e esperança de que tudo ficará bem. Eu não estava conseguindo cumprir as planilhas direito e, descobrir que a culpa era da ferritina e não da minha cabeça, me fez bem! Parece estranho, mas me fez feliz perceber que não era eu que estava desistindo…
Comecei o meu tratamento no dia 9 de junho e no dia 11 eu participaria do Circuito Eu Atleta como convidada. Fui no maior desânimo para a prova e realmente não sabia se ia conseguir completar os 10 km nos quais estava inscrita. Fiquei a tarde toda num curso, meu celular caiu no vaso sanitário, fui direto para a prova (estava cansada), sem me alimentar adequadamente e estava muito frio.
Quando cheguei à prova, não tinha como ligar para os leitores que ganharam as inscrições que sorteei no Corra Leve e nem para os amigos que iam correr. Fiquei lá, sentada num cantinho, sem muita vontade de nada. Até que encontrei alguns companheiros da Aqui é Roots e nos tornamos um dos grupos mais animados. Alinhei com os amigos e larguei bem. Fiz o 1º quilômetro muito rápido e estava me sentindo bem. Resolvi que ia correr só 5 km e não diminuí o ritmo, mas ao avistar a linha de chegada, vi que dava para buscar os 10 km e continuei na prova. No 7º quilômetro comecei a me sentir cansada, mas não dava para parar ali. Ajustei o ritmo e segui mais devagar. Fechei a prova 6 minutos abaixo do previsto e foi ali, naquela linha de chegada, que retomei a minha confiança. A partir daquela prova, tive certeza de que vou vencer o meu corpo e a minha mente! Agora, sei que vai dar tudo certo!
Uma semana depois da Eu Atleta, eu iria correr a Meia Maratona Internacional de BH (foto acima)… Passei a semana tensa, mas muito emocionada porque eu iria completar pela primeira vez essa prova e seria a minha 7ª meia maratona! O que eu mais queria era tirar uma foto passando pelo zoológico e com os elefantes ao fundo – sempre via essas fotos e desejava muito ter uma assim – mas não rolou porque estava sem celular e não saí nas fotos dos fotógrafos. Vou ter que correr essa prova de novo!
Apesar de toda a minha confiança, recém adquirida, fui pura dor ao longo da prova… Comecei muito forte e era uma prova longa. A partir do quilômetro 12, senti muito o joelho direito e não tenho psicológico para desistir. Fui recebendo e dando incentivos ao longo do caminho, até que precisei andar quando completei 18 km… Quase no final, mas andei por 1 km ao lado de um companheiro de Aqui é Roots. Me recuperei e terminei a prova 12 minutos acima do que esperava e muito torta, mas muito feliz. Vai entender?! Fiquei feliz mesmo por ter completado e fui logo cuidar dos joelhos porque não sou de deixar nada para depois.
Depois da meia maratona, tive muitos cuidados tanto na fisioterapia, quanto em casa e no pilates e fui proibida de correr por uns dias. A princípio, seriam dois dias sem correr, que viraram quatro e fechou uma semana! Mas foi muito bom. Meu corpo descansou, se recuperou e voltei muito bem para a fisioterapia e também para os treinos. Treinar é muito importante, eu diria que é primordial, mas respeitar o descanso, as pausas necessárias é o que permite ao corpo se recuperar, além de prevenir as tão temidas lesões. Um conselho que eu sempre dou aos meus amigos corredores é: respeite o seu corpo!
Os treinos específicos começam em breve e eu tenho certeza de que vai ser muito bom. É uma nova fase na minha vida de corredora. É a primeira vez que me dedico a uma prova específica com um acompanhamento tão sério, com profissionais tão competentes ao meu lado. É a primeira vez que não estou sozinha, que tenho muitas pessoas trabalhando e se dedicando em prol de um objetivo que é meu. Talvez seja por isso que eu sinta tanto medo. O Desafio Secreto não é uma prova qualquer, escolhida de forma aleatória. É a prova que eu mais sonhei correr na minha vida e está chegando.
Continue acompanhando, pois já já eu vou contar qual é o Desafio e tudo o que ainda falta acontecer até lá.