Eu entrei nesse mundo da corrida com a mesma motivação da maioria das mulheres: queria correr para emagrecer.
Antes de me decidir pelo esporte, nunca me imaginei como uma corredora. Fui uma criança e adolescente sedentária e só me identificava com as aulas de educação física nos ensaios para as festas juninas ou festivais de dança.
As imagens das corredoras nas revistas e todo aquele papo de “pegar um par de tênis e sair correndo e explorando a cidade” me encantavam. Mas tinha a convicção de que a corrida exigia do corredor certo dom, ou algo genético pertencente a alguns privilegiados que já nasceram para correr.
Claro que não me via como parte desse seleto grupo. Até o dia em que assisti a uma prova de revezamento. Lá não estavam somente as corredoras das revistas que, aliás, eram apenas uma minoria, mas sim todos os tipos de pessoas, comuns como eu. Esse foi o incentivo que precisei!
De lá para cá, são mais de sete anos correndo. Já não consigo imaginar esse esporte fora da minha vida! Mas não se enganem pensando que todo o processo foi fácil. Foi uma trajetória cheia de obstáculos, erros, acertos, lesões, mas, claro, também de muitas conquistas (ainda bem!).
Já se foram 1 maratona, 8 meia-maratonas, 4 voltas da Pampulha, inúmeras provas de 10 km e 5 km e alguns quilinhos perdidos. Hoje me considero incentivadora da vida ativa e adoro ver esse estilo de vida saudável crescendo e conquistando cada vez mais pessoas.
Evolui a pequenos passos, revezando caminhada e corrida até os primeiros sofridos e inesquecíveis 2 km contínuos. Lembro exatamente da primeira prova de 5 km sem sonhar na possibilidade de tentar os 10 km.
Mesmo depois de começar a correr, também não me imaginava aumentando tanto o volume e gostando das maiores distâncias. Daí veio a primeira Volta da Pampulha, as primeiras e traumáticas meias maratonas e uma lesão. O sonho e expectativa frustrados da maratona por conta da segunda lesão. Muitas lições aprendidas e mais meias maratonas, recordes pessoais e, finalmente, a primeira maratona.
Tudo o que passei fez parte de um processo de autoconhecimento e evolução como corredora. E a corrida ainda faz meus olhinhos brilharem. Tenho muitas metas e desafios para cumprir. Aliás, meta é algo que move quase tudo na minha vida.
O conselho que dou para se manterem sempre motivados com a corrida é ter uma meta. Algo difícil o suficiente para torná-la desafiadora, mas não tanto ao ponto de ser desanimadora. Pequenos, mas desafiadores obstáculos a serem superados a cada vez.
Os meus são muitos, mas sei que, como na minha história com a corrida até hoje, nada acontecerá de um dia para o outro. Ainda quero perder mais alguns quilinhos, voltar a bater recordes pessoais e continuar correndo maratonas.
É em busca desses objetivos que eu e a equipe Aqui é Roots trabalharemos juntos daqui para frente.
Nas próximas semanas participarei de mais uma meia maratona que promete ser bem especial e, no início de dezembro, da minha quinta Volta Internacional da Pampulha. Nos próximos posts contarei um pouco mais sobre essas provas.