Dar uma volta completa na Ilha de Florianópolis, Santa Catarina, no menor tempo possível. Esse é o objetivo de uma das provas de revezamento mais admiradas do país: a Volta à Ilha de Florianópolis.
Principal prova do gênero na América Latina, a Volta à Ilha desafia as equipes de corredores a completarem nada menos que 140 km de praias, asfalto, dunas e trilhas. São 17 trechos por belíssimas paisagens da capital catarinense.
A prova que começou com dezenas de atletas, em 1996, hoje recebe aproximadamente 4.000 atletas distribuídos em 400 equipes de diversos lugares do Brasil e do mundo.
A 22ª edição da prova já tem data marcada: 8 de abril de 2017. Se você quer ser um dos participantes, não pode perder essas 3 dicas para montar uma equipe de sucesso para a Volta à Ilha de Florianópolis.
1. Não menospreze a logística
A Volta à Ilha é uma prova na qual um segundo por km faz toda a diferença no resultado final.
Além dos percursos em terrenos variados, a prova requer um grande trabalho logístico de equipe. Por isso, participar dessa prova de revezamento é sempre pensar coletivamente e com antecedência.
A preparação e organização do grupo devem ser iniciadas com meses de antecedência. Logo no processo de inscrição a equipe precisa estar atenta: afinal, não basta querer participar da prova, é preciso ser sorteado para tal.
Se sua equipe não tem vaga garantida para a edição de 2017, a inscrição para o sorteio acontecerá entre 19 e 25 de novembro de 2016. Havendo desistência, um segundo sorteio será realizado no dia 5 de dezembro.
O regulamento da prova deve ser lido pelos membros da equipe, com atenção aos detalhes. Há regras, por exemplo, até para o trajeto dos carros que transportam as equipes. Qualquer erro na condução dos veículos pode render penalização para a equipe.
Considere contratar uma agência de turismo especializada nessa prova. O custo adicional é recompensado por algumas preocupações a menos. Essas agências ficam responsáveis por diversos detalhes, desde os lanches para equipe ao aluguel dos carros. Precisa de uma indicação de agência de turismo para a Volta à ilha? Entre em contato com a Aqui é Roots).
2. Escolha bem a categoria em que disputará a prova
As equipes para a Volta à Ilha podem ser formadas por 2 até 12 participantes. Os trechos que cada integrante da equipe percorre variam de 4,7 a 16,7 km, sendo uma corrida inclusiva, ou seja, permite que pessoas com diferentes níveis de condicionamento físico possam participar.
Apesar disso, é muito importante que a equipe esteja atenta ao tempo limite de prova da categoria em que se inscreveu. Afinal, ninguém se inscreve em uma prova para ser desclassificado ou para ficar de fora da cerimônia de comemoração.
Por isso, na montagem da equipe, verifique o ritmo médio de corrida da equipe, para que não seja ultrapassado esse limite de tempo máximo.
Os graus de dificuldade do percurso variam devido aos tipos de terreno, como trilhas na mata, areia fofa de praia e duna, chão batido, asfalto, calçamento, aclives e declives. Outra boa dica é distribuir os corredores considerando o nível de dificuldade de cada um desses trechos, descrito na lista abaixo:
Confira os 17 trechos do Revezamento Volta à Ilha:
1 – Largada – Avenida Beira-Mar Norte – 10,1km – Fácil
2 – Rodovia SC-401 (Decathlon) – 9,8km – Difícil
3 – Santo Antônio de Lisboa (Praça) – 8,0km – Moderado
4 – Praia da Daniela – 5,1km – Moderado
5 – Jurerê Antigo (fim da praia) – 5,3km – Moderado
6 – Cachoeira do Bom Jesus (Rua Otácilio Costa Neto) – 10,4km – Muito, muito difícil
7 – Praia Brava (Rua Ari Kardec B. Melo) – 5,2km – Difícil
8 – Praia dos Ingleses (praia, final da R. Dante de Patta) – 4,7km – Fácil
9 – Praia do Santinho (Posto Guarda-Vidas) – 8,4km – Muito difícil
10 – Praia do Moçambique – 5,7km – Muito difícil
11 – Barra da Lagoa (cidade da Barra) – 8,1km – Muito difícil
12 – Praia da Joaquina (Posto Guarda-Vidas) – 7,7km – Muito difícil
13 – Praia do Campeche (Posto Guarda-Vidas) – 4,9km – Muito difícil
14 – Praia da Armação (perto da Lagoa do Peri) – 9,3km – Difícil
15 – Praia dos Açores (Morro do Sertão) – 16,7km – O mais difícil
16 – Tapera (Fazenda da Ressacada) – 15,2km – Difícil
17 – Via Expressa Sul (Terminal de Ônibus Saco dos Limões) – 6,2km – Fácil
Chegada – Avenida Beira-Mar Norte
Os trechos 6 e 15 são os mais temidos pelos atletas, devido a altimetria do trajeto (confira os gráficos abaixo). O trecho 15, no Morro do Sertão do Peri, talvez seja o mais famoso pelo apelido que recebeu: Morro Maldito. O percurso se apresenta em terreno de chão batido, com uma subida íngreme nos primeiros 1.000 metros e atingindo o ápice a 250 metros de altitude. Depois vem a descida, bastante árdua, e as vezes escorregadia.
3. Trabalhe em equipe
Na Volta à Ilha, cada nova curva traz uma paisagem inesquecível e um novo desafio para cada atleta da equipe. Por isso, é essencial aproveitar cada minuto de prova, o que exige uma profunda sintonia do grupo.
É importante que todos os participantes tenham em mente qual o objetivo da equipe e a expectativa com relação ao tempo de prova. Com o sol a pino, ansiedade a mil e o tempo correndo contra o relógio, é comum os ânimos se exaltarem. Nessa hora, é preciso muita calma e discernimento para evitar frustrações, cobranças desnecessárias e até discussões entre membros da equipe.
É preciso estar físico e emocionalmente preparado para os obstáculos que aparecerão pela frente e também aberto a mudanças. Daí a importância do espírito de equipe para entender quando se deve seguir em frente e quando é necessário mudar a estratégia.
A concentração, o preparo e a solidariedade são as chaves para correr na Volta à Ilha. Mas não se esqueça: a busca pela diversão é tão importante quanto à busca pela vitória. O esforço físico, corre lado a lado com a diversão.
Boa prova!